Com o prazo se aproximando rapidamente para o fim do registro eleitoral, o Unicef destaca a crescente participação política dos adolescentes brasileiros. Dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o Brasil reverteu a tendência de queda no cadastro eleitoral de adolescentes, com um aumento no número de jovens de 16 e 17 anos habilitados a votar em 2024. O voto para essa faixa etária é facultativo, mas seu impacto nas urnas é significativo.
Mario Volpi, do Unicef, relata um aumento notável de adolescentes registrados para votar nas próximas eleições municipais, passando de cerca de 1 milhão na última eleição para 1,3 milhão agora. “Isso mostra uma tentativa de reavivar a importância da participação política e eleitoral, um sinal de que os jovens querem estar envolvidos e isso é benéfico para a sociedade e para a democracia,” explica Volpi.
O Unicef tem promovido ativamente a inscrição de eleitores adolescentes, especialmente nos municípios da Amazônia Legal e do Semi-Árido, como parte de seus esforços para aumentar a consciência e a participação eleitoral entre os jovens. “A participação nas eleições é uma forma de exercício da cidadania e é crucial para a sociedade brasileira que os adolescentes se envolvam nesse processo decisório e tragam suas vivências concretas para o debate sobre políticas de saúde, educação e assistência social,” afirma Volpi.
Ele adiciona que os adolescentes oferecem uma perspectiva única e valiosa para o debate político, capaz de enriquecer as discussões sobre políticas públicas com suas experiências e visões críticas. “Eles possuem uma criatividade e uma crítica que são essenciais para o processo eleitoral. Ao compartilhar suas vivências com as políticas públicas, podem fornecer aos políticos insights importantes que podem levar a decisões mais informadas e eficazes,” diz o representante do Unicef.
Com os desafios que os jovens enfrentam hoje – desde mudanças climáticas até questões de igualdade e justiça social – sua participação nas eleições é mais importante do que nunca. O Unicef continuará a apoiar e encorajar os jovens a se registrarem e votarem, assegurando que suas vozes sejam ouvidas e que possam moldar o futuro em que viverão.