O Festival de Parintins é uma celebração vibrante da cultura popular brasileira, e este ano, o Boi Caprichoso conquistou pelo terceiro ano consecutivo o título de campeão. O Festival de Parintins, realizado no icônico Bumbódromo, é uma das mais importantes manifestações culturais do país e envolve uma competição acirrada entre os bois Caprichoso e Garantido.
Na apuração das notas realizada após três noites intensas de apresentações, o Boi Caprichoso se destacou com 1.259,3 pontos, superando o rival Garantido por apenas um décimo. O Caprichoso liderou desde a primeira noite de apresentações, manteve a vantagem na segunda noite e consolidou a vitória na terceira. Com essa conquista, o Caprichoso reafirma sua posição de destaque no Festival de Parintins, enquanto o Garantido continua seu jejum de títulos, que já dura desde 2019. O Festival de Parintins é reconhecido como patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A celebração é centrada na tradição do Boi-Bumbá, que narra a lenda da ressurreição do boi. O Caprichoso, com sua cor principal azul, e o Garantido, com o vermelho, representam essa rivalidade cultural que encanta o público. As torcidas são apaixonadas e se vestem com cores complementares que reforçam a identidade de cada boi: azul, verde e lilás para o Caprichoso; tons avermelhados, laranja e terracota para o Garantido.
O tema do Caprichoso para este ano foi “Cultura – O Triunfo do Povo”. Segundo o presidente do boi, Rossy Amoedo, o tema celebra a vitória da cultura popular, enaltecendo as divindades e as tradições que moldaram a identidade do povo de Parintins. “No princípio, as deusas e deuses criaram Parintins, território sagrado de encantarias e mistérios. Suas gentes, expressão divina da criação, passaram a ser dotadas de saberes e fazeres específicos, um talento cuja vocação se faz presente em cada gesto e em cada canto, em cada palavra e sorriso, um brado de luta e emancipação”, descreve o site do Caprichoso. Já o Garantido trouxe o tema “Segredos do Coração”, que explora a origem e ancestralidade da Amazônia. O presidente Fred Góes explicou que o tema busca mostrar a Amazônia intacta e sua importância, utilizando o mito do povo indígena Sateré-Mawé. “Esse mito nos remete à Amazônia intacta, sendo ainda a floresta, os animais e os habitantes chegando. É essa Amazônia que queremos mostrar que está sendo degradada. Por que a gente quer mostrar essa origem? Ela está no mito Sateré-Mawé e também está na história geológica da Amazônia”, destacou Góes.
O Festival de Parintins não é apenas uma celebração cultural, mas também uma importante fonte de renda e emprego para a região. O secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, ressaltou a relevância do festival. “Aqui não é só a festa pela festa, estamos falando de representatividade da cultura do amazonense, do amazônida, da Amazônia, de geração de emprego e renda, de oportunidades, de economia aquecida, de promoção do estado. É um festival que, como se diz popularmente, rende o ano todo”, afirmou Muniz. O Festival de Parintins é uma demonstração vibrante da riqueza cultural e do espírito competitivo saudável entre as duas agremiações. A vitória do Caprichoso pelo terceiro ano seguido reforça sua trajetória de sucesso e mantém a tradição viva, inspirando futuras gerações a valorizar e perpetuar essa importante manifestação cultural brasileira.
Fonte: Agência Brasil