Estratégia nacional de cibersegurança: A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC) apresentarão nesta quinta-feira (1º) um documento com sugestões de entidades da sociedade civil para a estratégia nacional de cibersegurança. O documento, intitulado “Contribuições da Sociedade Civil e dos Setores Produtivos para a Estratégia Nacional de Cibersegurança”, será entregue ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).
Além da FecomercioSP e do INCC, diversas entidades representativas de setores da sociedade brasileira colaboraram para a elaboração do documento, que foi concluído após sete meses de apurações com especialistas, acadêmicos e autoridades. O diagnóstico e as sugestões foram baseados em mais de 230 estudos e bases de dados, além de conclusões tiradas de encontros com representantes de diversos setores econômicos e entidades setoriais, que correspondem a 70% do PIB (Produto Interno Bruto) e dezenas de especialistas multissetoriais.
Segundo a FecomercioSP, o objetivo é entender o cenário brasileiro de cibersegurança e apresentar metas e propostas para promover um ambiente digital mais seguro no país. Essas propostas envolvem desde a conscientização da sociedade, com ações educativas, passando pelo desenvolvimento de profissionais, financiamentos e incentivos, até a criação de um novo arcabouço legal, regulatório e normativo.
Durante o evento, o INCC e o GSI assinarão um acordo de cooperação técnica para colaborar em pesquisas e projetos que ajudem o Brasil a aumentar sua resiliência e maturidade cibernética. A apresentação do relatório será a primeira contribuição desse acordo, com foco em um diagnóstico e propostas para apoiar a construção da nova Estratégia Nacional de Segurança Cibernética, que está sendo elaborada pelo GSI por meio do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber).
O evento começará às 8h30 e terminará às 11h, no Auditório da FecomercioSP, localizado na Avenida Rebouças, 3377, em Pinheiros.
Diagnóstico e Propostas A elaboração do documento contou com a participação ativa de especialistas de diversos campos, resultando em um diagnóstico abrangente da situação atual da cibersegurança no Brasil. Com base em mais de 230 estudos e bases de dados, o documento oferece uma visão detalhada das vulnerabilidades e das áreas que necessitam de melhorias urgentes.
As sugestões apresentadas no documento são variadas e abrangem diversos aspectos essenciais para a construção de um ambiente digital seguro. Entre as principais propostas estão:
- Conscientização e Educação: Campanhas educativas voltadas para a conscientização da população sobre a importância da cibersegurança e as melhores práticas para garantir a proteção dos dados pessoais e empresariais.
- Desenvolvimento de Profissionais: Investimento na formação e capacitação de profissionais especializados em cibersegurança, incluindo a criação de cursos e programas de certificação em parceria com instituições de ensino.
- Financiamentos e Incentivos: Criação de linhas de financiamento e incentivos fiscais para empresas que investirem em soluções de cibersegurança, promovendo a adoção de tecnologias avançadas e práticas seguras.
- Novo Arcabouço Legal e Regulatório: Desenvolvimento de um conjunto de leis e regulamentos específicos para a cibersegurança, garantindo a proteção jurídica necessária para enfrentar as ameaças digitais e punir adequadamente os crimes cibernéticos.
Cooperação Técnica O acordo de cooperação técnica entre o INCC e o GSI representa um marco importante na estratégia nacional de cibersegurança. Essa parceria visa fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para aumentar a resiliência cibernética do Brasil.
Com a assinatura do acordo, ambas as instituições comprometem-se a trabalhar juntas em projetos que fortaleçam a infraestrutura de cibersegurança do país. A apresentação do relatório nesta quinta-feira é apenas o primeiro passo de uma colaboração contínua que busca transformar o cenário da cibersegurança no Brasil.
Perspectivas Futuras Para Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o desenvolvimento dessas inovações pode favorecer a liderança brasileira na transição para uma economia verde. Iniciativas como a realização da final do XPrize Florestas Tropicais na Amazônia são incentivadas pelo governo federal.
As tecnologias desenvolvidas pelas equipes competidoras têm o potencial de beneficiar cadeias produtivas da biodiversidade amazônica, consolidar conhecimentos tradicionais e resolver problemas enfrentados pelas comunidades tradicionais e povos originários.
“A monilíase, doença do cacaueiro e do cupuaçuzeiro, exige o corte da árvore para enfrentá-la. Drones com IA que identifiquem a doença permitiriam a atuação da defesa sanitária”, afirma Rollemberg.
O MDIC planeja integrar as pesquisas do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) com as soluções tecnológicas do concurso, criando uma parceria para que essas tecnologias sejam aproveitadas, disponibilizadas e reforçadas pelas instituições e comunidades locais.
Fonte: Agência Brasil.