Em dois meses de atuação no interior do Amazonas, a Operação Aceiro 2024 combateu 4.276 focos de incêndios. Os dados abrangem o período de 3 de junho a 4 de agosto. Lançada pelo Governo do Amazonas e coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMAM), a missão tem intensificado o combate aos incêndios com o envio de militares, viaturas e equipamentos para os municípios com maior demanda de ocorrências desse tipo.
O comandante-geral do CBMAM, coronel Alexandre Freitas, ressalta que a operação está na segunda fase e deve continuar durante todo o verão amazônico, período com maior incidência de focos de incêndios devido às altas temperaturas.
“Desde o dia 3 de junho, nossas tropas estão atuando no interior do estado através da Operação Aceiro. Estamos na segunda fase da missão e, neste momento, nossa maior demanda está na região sul do Amazonas, conhecida como Arco do Fogo. Com a Aceiro, os bombeiros estão não apenas combatendo os incêndios, mas também realizando um trabalho de conscientização”, destacou o coronel Alexandre Freitas.
Segundo dados da Sala de Situação do Corpo de Bombeiros, os três municípios com mais focos de incêndios combatidos pela corporação são Boca do Acre (915 focos), Manicoré (778 focos) e Humaitá (734 focos).
Ações de Conscientização Além do combate aos incêndios, a Operação Aceiro 2024 também foca na conscientização da população do interior para prevenir queimadas. Desde junho, as equipes enviadas para a missão têm realizado palestras em escolas públicas dos municípios e promovido treinamentos em comunidades rurais e ribeirinhas. Nessas ações, são ensinadas técnicas de manejo de plantio sem uso de fogo e a forma correta de fazer aceiros nas propriedades.
O trabalho educativo visa reduzir o número de incêndios causados por práticas agrícolas inadequadas e aumentar a conscientização sobre os riscos e impactos das queimadas.
Integração e Capacitação A Operação Aceiro 2024 é composta por mais de 300 agentes, incluindo bombeiros, brigadistas e membros da Força Nacional. Em junho, o Corpo de Bombeiros realizou a capacitação de 153 brigadistas para atuar em municípios do interior com maior demanda por combate a incêndios.
Essa integração de forças e a capacitação contínua dos brigadistas são essenciais para garantir a eficácia da operação e a segurança das comunidades afetadas. O treinamento inclui técnicas de combate a incêndios florestais, uso de equipamentos de proteção e estratégias de controle de queimadas.
Desafios e Perspectivas O verão amazônico, caracterizado por altas temperaturas e baixa umidade, intensifica o desafio de combater os focos de incêndio. A região sul do Amazonas, conhecida como Arco do Fogo, tem sido a área mais crítica, exigindo um esforço concentrado das equipes de combate.
O coronel Alexandre Freitas destaca que, além do combate direto aos incêndios, é fundamental o trabalho preventivo e educativo. “Estamos atuando em várias frentes para garantir que as comunidades compreendam a importância de evitar queimadas e adotem práticas sustentáveis. A conscientização é uma das nossas principais armas contra os incêndios”, afirmou.
Resultados Positivos Os primeiros dois meses da Operação Aceiro 2024 já mostram resultados positivos. A redução no número de focos de incêndios em áreas previamente afetadas é um indicativo de que as ações de combate e conscientização estão surtindo efeito.
A missão continuará ao longo do verão amazônico, com a expectativa de ampliar as ações de prevenção e combate, bem como fortalecer a integração com outras forças de segurança e organizações locais.
Compromisso com o Meio Ambiente A Operação Aceiro 2024 reflete o compromisso do Governo do Amazonas e do CBMAM com a preservação do meio ambiente e a segurança das comunidades. O combate aos incêndios florestais é uma prioridade, e a operação busca não apenas apagar focos de incêndio, mas também promover uma mudança de comportamento nas populações locais.
Com o avanço da operação, espera-se que mais áreas sejam protegidas e que a conscientização sobre a importância da preservação ambiental se espalhe por todo o estado do Amazonas. A continuidade das ações e a cooperação entre as diversas entidades envolvidas serão fundamentais para o sucesso da missão e a proteção das florestas amazônicas.
Fonte: CBMAM