Em uma medida inovadora para promover a doação de órgãos no país, cartórios de todo o Brasil, sob a coordenação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Colégio Notarial do Brasil, introduziram nesta terça-feira (2) a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). A iniciativa faz parte da campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”, e visa descomplicar o processo de oficialização da vontade de doar órgãos, tornando-a acessível eletronicamente em todo o território nacional.
A partir de agora, qualquer cidadão que deseje se tornar doador de órgãos pode realizar sua autorização através da AEDO, disponível em mais de 8.300 cartórios de notas espalhados pelo país, sem nenhum custo. Este passo facilitador é um marco no processo de doação de órgãos, pois permite que a vontade do doador seja registrada de forma clara e acessível, estando prontamente disponível para profissionais da saúde no momento necessário.
Os doadores têm a opção de autorizar a doação de uma variedade de órgãos, incluindo coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético. Para efetuar a autorização, basta acessar o site oficial da AEDO, preencher um formulário eletrônico e escolher o cartório de sua preferência. Após o envio do formulário, o cartório agendará uma videoconferência para identificação e assinatura eletrônica do documento pelo cidadão.
O documento, uma vez processado, é armazenado no Sistema Nacional de Transplantes, garantindo sua consulta quando necessário. Este procedimento não apenas simplifica o registro da vontade do doador, mas também assegura sua execução de maneira eficiente e segura.
Durante o evento de lançamento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da nova ferramenta para a promoção da doação de órgãos no Brasil. Em 2023, as doações de órgãos no país possibilitaram a realização de 9.200 transplantes, representando um aumento de 13% em comparação ao ano anterior. Segundo a ministra, “essa iniciativa contribuirá significativamente para o aumento no número de doadores, salvando inúmeras vidas. O Brasil é referência em doação de órgãos e sangue, e continuaremos a fortalecer esse legado”.
A introdução da AEDO representa um passo significativo na facilitação do processo de doação de órgãos no Brasil, refletindo o compromisso do país com a saúde e o bem-estar de sua população, além de reforçar a posição do Brasil como líder na área de transplantes.
Fonte: Agência Brasil.