Alunos das redes pública e privada da Baixada Fluminense e de municípios próximos à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) agora têm uma nova oportunidade de aprendizado interativo. Nesta quarta-feira (12), a instituição inaugurou o Museu de Rochas e Minerais, no campus Seropédica, com o objetivo de ampliar o acesso ao conhecimento científico e estimular o interesse pelas geociências. O local estará aberto ao público de todas as idades, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, com entrada gratuita.
A professora titular da UFRRJ, Soraya Almeida, curadora e coordenadora do projeto, destaca a importância do museu para a região, que conta com mais de 3 mil escolas de Ensino Fundamental e Médio. “O acesso a museus e espaços científicos é muitas vezes limitado para essa população, seja por distância ou por questões financeiras. O novo museu se torna um polo essencial para difusão do conhecimento na Baixada Fluminense”, afirma Soraya.
Aprendizado e Inclusão
O museu busca estimular a inclusão social, bem-estar e autoestima de crianças e adolescentes. Segundo Soraya, os minerais e rochas, além de seu valor científico, despertam curiosidade por sua beleza natural. “Crianças se envolvem imediatamente ao ver as cores e estruturas cristalinas das rochas. Já os adolescentes demonstram maior interesse quando participam ativamente de atividades, como coleta e análise de amostras”, explica a professora.
O espaço abre com um acervo de mais de 800 amostras de minerais e rochas, com previsão de expansão para até 1,5 mil itens. O museu também promoverá pesquisas científicas, dispondo de um acervo especializado em minerais, minérios e rochas coletadas ao longo de três décadas por pesquisadores do Instituto de Geociências da UFRRJ.
História e Colaboração Científica
A ideia do Museu de Rochas e Minerais surgiu há oito anos, mas avançou apenas em 2023, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto também recebeu doações e contribuições de eventos museológicos.
Antes da inauguração do museu, o Instituto de Geociências já promovia oficinas, palestras e cursos para professores, o que despertou interesse de estudantes pela ciência. “Muitos alunos que participaram dessas atividades se tornaram universitários na UFRRJ, mostrando o impacto positivo do projeto”, destaca Soraya.
Jardim Geológico e Expansão
Os planos futuros incluem a criação do Jardim Geológico, um espaço ao ar livre com rochas de grande porte para exposição interativa. “A ideia é que crianças e visitantes possam circular entre as amostras, tornando a experiência ainda mais imersiva”, adianta Soraya.
Outra proposta é a integração do museu com outras instituições da UFRRJ para criar roteiros culturais nos finais de semana. Participariam do projeto o Museu de Solos do Brasil, o Museu de Zoologia, a Casa do Reitor e o Museu de Anatomia Patológica Carlos Tokarnia, ampliando a oferta cultural para a comunidade.
Com essa iniciativa, a UFRRJ reafirma seu compromisso com a educação e divulgação científica, tornando o conhecimento mais acessível e inclusivo para estudantes e visitantes da região.
Fonte: Agência Brasil