O Tesouro RendA+, criado em 2023 como uma alternativa de complementação à aposentadoria, alcançou a marca histórica de R$ 4 bilhões em investimentos ao final de janeiro de 2025. O montante representa um crescimento de 150% nos últimos 12 meses, refletindo o interesse crescente dos brasileiros em planejamento financeiro para o futuro.
Dados divulgados pelo Tesouro Nacional e pela B3, a bolsa de valores brasileira, apontam que a maior parte dos investidores no Tesouro RendA+ está na faixa etária de 25 a 44 anos. Criado por meio de uma parceria entre o Tesouro Nacional, a B3 e a Secretaria de Previdência do Ministério da Previdência Social, esse tipo de investimento permite que o investidor estabeleça uma data para sua aposentadoria e receba uma renda mensal extra durante 20 anos, corrigida pela inflação, garantindo a manutenção do poder de compra ao longo do tempo.
Prazos e modalidades do investimento
O Tesouro RendA+ possui um período de acumulação que varia entre 7 e 42 anos, de acordo com a opção escolhida pelo investidor. Atualmente, existem oito datas de vencimento disponíveis, com intervalos de cinco anos entre elas: 15 de janeiro de 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.
O crescimento expressivo da adesão ao programa também é atribuido a iniciativas de incentivo, como o cartão de presente do Tesouro Direto, lançado em dezembro. O “Gift Card B3”, que permite presentear terceiros com títulos públicos, movimentou R$ 250 mil em apenas um mês de operação. Outra ação relevante foi a Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef), voltada para estudantes do ensino fundamental e médio, que ajudou a disseminar a cultura do investimento desde cedo.
Facilidade de investimento e tributação
Uma das vantagens do Tesouro RendA+ é a acessibilidade. Até novembro de 2024, havia um investimento mínimo de R$ 30, mas atualmente é possível iniciar aplicações com qualquer quantia, desde que respeitada a fração de 1% do valor do título escolhido. Além disso, o investidor pode adquirir quantos títulos desejar, desde que o limite máximo de aplicação mensal de R$ 2 milhões seja respeitado.
Para retiradas antecipadas, há uma taxa de custódia, que varia conforme o tempo de investimento. Se o resgate for feito antes de 10 anos, a taxa será de 0,5% ao ano. Entre 10 e 20 anos, a taxa cai para 0,2% ao ano. Acima de 20 anos, o percentual reduz ainda mais, para 0,1% ao ano. Caso o investidor decida manter o investimento até o vencimento do título, não haverá cobrança de taxas.
Há ainda uma regra específica para investidores que, ao converterem os títulos acumulados em renda, recebam mais de seis salários mínimos mensais. Para essa parcela, incidirá uma taxa de custódia de 0,1% ao ano sobre o valor excedente.
O papel do Tesouro Direto na economia
Criado em 2002, o Tesouro Direto tem como objetivo democratizar o acesso aos investimentos públicos, permitindo que pessoas físicas adquiram títulos diretamente do Tesouro Nacional por meio da internet, sem necessária intermediação de agentes financeiros.
Os títulos são utilizados pelo governo para captação de recursos destinados a pagar dívidas e financiar compromissos do Estado. Como contrapartida, o Tesouro Nacional garante a devolução do capital investido acrescido de juros, cujos rendimentos variam conforme a Selic, inflação, câmbio ou taxas prefixadas.
Para mais informações sobre o Tesouro RendA+ e outras opções de investimento, os interessados podem acessar o site oficial do Tesouro Direto.
Fonte: Agência Brasil